Idaulina Borrega

Filigrana Editora

Breve biografia:

Nasci em Campo Maior, no dia dois de agosto de mil novecentos e cinquenta.

Escrevo porque comecei a sentir a necessidade de passar para o papel aquilo que me vai na alma sobre esta terra que amo, Campo Maior.

Não sei explicar o porquê, talvez pelo convívio que tenho com quem ama a Poesia e a escrita.

Assim, aos poucos, me tornei amante das Letras e vou rabiscando aqui e ali, tentando enganar o tempo e fazendo o melhor que sei: AMAR.

Obra publicada com Filigrana Editora

ESTA TERRA QUE EU AMO… CAMPO MAIOR


«Campo Maior - esta terra que eu amo», da autoria de Idaulina Borrega, não é um livro de histórias qualquer. Com a sua publicação, a autora convida-nos a conhecer o seu passado, não apenas enquanto membro de uma comunidade, mas também como mulher. Este é o diário das suas memórias semeadas em cada recanto de Campo Maior.

Através desta retrospetiva, a autora permite-nos uma visão mais intimista e pessoal da terra que a viu nascer e moldou a sua forma de estar perante a vida. É nesta vila de paredes brancas que Idaulina Borrega encerra as suas mais belas recordações. As palavras escritas em cada página de «Campo Maior - esta terra que eu amo» são um desabafo de alegria misturada com um forte sentimento de nostalgia pelos tempos que viveu. São também elas um hino de homenagem àqueles que se foram cruzando com a autora ao longo do seu caminho - quase os conseguimos visualizar nos seus trajes típicos e ouvir as suas vozes quando falam a cantar. Sendo, por isso, esta obra um conjunto de relatos muito rico em sensações quer auditivas, quer visuais, mas principalmente olfativas, pelo aroma dos cozinhados que se preparavam com um ritual quase religioso, pelos «cheiros» que continuam bem patentes na memória de Idaulina. Os nossos sentimentos ficam saciados em cada episódio tão airosamente contado pela autora.

São Silveirinha

(Excerto do prefácio da obra)

Idaulina Borrega

publica, aos seus 71 anos, Esta Terra que Eu Amo... Campo Maior. O livro, mais do que um conjunto de memórias da autora, é um conjunto de histórias que guarda a memória coletiva de todo um povo. Um livro escrito por alguém que passou e passa pela vida com olhos de ver, que sabe, que sempre soube, que a felicidade está nas pequenas coisas. Um livro escrito com dois ingredientes infalíveis: humildade e sabedoria. Esta obra é um prodígio de memória, uma autêntica enciclopédia que retrata o Campo Maior das décadas de 60 e 70, e não só, de maneira magistral. Nas suas páginas, a autora fala de todos os aspetos da cultura campomaiorense: As pessoas que deixaram a sua marca na memória da vila, a linguagem própria das suas gentes, os costumes, a religião, as festas, a política, a desigualdade social, a situação da mulher, a educação, o futebol, a gastronomia, a música, a família, o trabalho, as características e influências de uma vila raiana, o sofrimento, a luta pela sobrevivência, as esperanças… A lista é, acreditem, infinita e surpreendente. E o que mais surpreende é a capacidade de falar de tudo isto da maneira como ela o faz. São 140 páginas infinitas porque, para além do que está escrito, lateja um universo de imagens, lembranças e vivências que o leitor vai a incluir irremediavelmente no livro e nas suas histórias. E como é que isso se consegue? Com uma simplicidade arrebatadora, sem artifícios literários, com uma escrita que vem do coração e não só. A escrita de Idaulina Borrega neste seu livro vem de um outro lugar ainda mais profundo, ainda mais puro, se é que isso é possível, vem da VERDADE, do seu mais íntimo sentir. Por isso, a sua linguagem não precisa de adornos. É uma escrita pura e direta, uma seta que nos atravessa o espírito, que nos comove com a sua beleza, com a sua aparente simplicidade, com a sua extraordinária riqueza. Aí reside a magia deste livro. Este livro somos nós, permitam-me que me inclua, somos nós, campomaiorenses. É Campo Maior em flor, é uma saia cantada ao uníssono, é uma pandeireta colorida, é uma açorda bem temperada e uma oração ao Senhor dos Passos, é um baile na esplanada, uma carta de amor, um repinicar de sinos na Igreja Matriz, um viva para sempre Campo Maior...

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