GONÇALO MAIA

Breve biografia:

Gonçalo Maia foi nascer a Cantanhede no ano de 1982, e regressou com os seus pais a Febres, uma pequena vila do mesmo concelho, para vir dar os seus primeiros passos, fazer as primeiras asneiras e ler os primeiros livros. Teve uma infância feliz e marcada pelo meio rural, do qual se orgulha.

Mais tarde voltaria à cidade que o viu nascer para frequentar o ensino secundário, em ciências, e decidiu seguir para a Universidade de Coimbra onde cursou Engenharia Geográfica.

Durante o seu período académico juntou-se ao CITAC (Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra), onde frequentou um curso de teatro, participou numa mão cheia de peças e performances, e ainda deu uma mãozinha na administração. Por sua opção, sujeitou-se à vida militar durante 4 anos, como oficial engenheiro, depois de penar uns meses na tropa macaca. Regressou novamente à vida civil, juntando-se a diversas empresas na área da engenharia. Trabalhou e viveu pelo mundo fora: Zimbabwe, Timor-Leste, Alemanha, Quénia, Etiópia, Zâmbia, Malawi, Moçambique e África do Sul; sendo que alguns destes países o marcaram de forma intensa, na sua vida. Viajou, entretanto, por muitos outros, mas apenas como turista; sem que tempo houvesse para se deixar entranhar pelos seus cheiros.

Nutre uma grande paixão por ciências, mapas antigos, pela natureza, pelas artes, e destas, em especial a literatura: paixão que só pecou por tardia quando, um dia, resolveu voltar a pegar nos grandes clássicos, portugueses e estrangeiros, - que tanto o assustaram na juventude, - e os releu sem qualquer obrigatoriedade, missão ou pressa. E surgiu depois a escrita: primeiro como uma ideia, mas que cedo se tornaria numa pequena obsessão: Uma forma de expressão que o inquietava e desafiava, mas onde também se encontrava e se conhecia, - e cada vez mais, - entre histórias e personagens que idealizava, criava e lhes deu uma vida própria, esperando ansiosamente, - e em contrapartida, - que estes lhe segredassem os próximos capítulos.

Mas, principalmente, a sua escrita é um agradecimento. Uma homenagem a todos os autores vivos e idos deste mundo que, - e indubitavelmente alheios a este facto, - lhe mudaram completamente a vida.

Obras publicadas com Filigrana Editora

O Relojoeiro

Sinopse:

E vós caro leitor, se vos tirar o sono, ou vos preencher um momento de ócio, é por algo que também não me deixou dormir. Algo pelo qual me levantei, deixando a minha Joana num sono profundo, e me sentei a esta secretária, ansioso por contar algo. Consumido por aquele homem tão estranho e peculiar. O mesmo homem que teve a ousadia de colocar aquele relógio da torre da igreja a andar para trás. Que conseguiu esgotar a paciência a milhares de pessoas, e estragou a vida ao Pascoais. Que me deixou perplexo tantas vezes, com coisas tão maravilhosas quanto atrozes.

Esta é a sua história.